sábado, 24 de outubro de 2009

Hoje não quero o gerúndio *

No lugar do silêncio

em mim

som estrepitoso

escapa aos tímpanos

expõe instintos


Não chamei de meu

o que era sonho

porque sonho

não tem pertencimento

é ave noctívaga

sem ninho seguro

pouso instável

incerto futuro


Teço em versos

aquilo que já não é

ou ainda será

Que emoção há

em versejar o presente ?

É como observar

gotículas que evaporam

em água fervente


Teço em versos

o que borbulhou

na mente

o que ficou

silenciado

no inconsciente

o que será lembrado

em gesto silente


Úrsula Avner


* poema com registro de autoria

* imagem do Google- sem informação de autoria

4 comentários:

  1. Tem razão...é muito que fica silenciado...e que na verdade deveria estar queimando e guiando a tudo...

    Abraço,

    Rafael

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  2. Olá...bom dia!!!
    Lindo poema.
    Tenha uma linda semana...beijos!!!!

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  3. É inegável que o poema é lindo. Mas eu prefiro conjugar o "presente do indicativo". Nem futuro penso tanto, já que o estou fazendo agora. Abraços e linda semana

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  4. Obrigada Rafael pelo carinho de suas palavras ;

    Maju querida, agradeço sua presença sempre amável, BJ ;

    Caro poeta Carlos, obrigada pela visita e comentário gentil, um abraço

    Úrsula

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