arte : Curiosity
by : Mel Gama
não posso calar minha voz
minha veia poética
meus pássaros livres e meus nós
tudo em mim é poesia
ou quase
rima pulsante
óleo fresco sobre a cabeça pensante
preciso da poesia para bradar
o que eu aprendi a calar
o que o inconsciente insiste em não arejar
reivindico a poesia para vociferar
o que não me foi permitido falar
para silenciar ou reformular
o que foi dito sem pensar
e dar outro contorno
ao que feriu por dentro
tornou o cálido amor
um sentimento morno
calejou a alma e os ossos
mutilou sonhos meus
planos nossos
preciso da poesia
para não adoecer
faço dela meu canto
até morrer
Úrsula Avner
sexta-feira, 25 de junho de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
* Behind the door *
arte : Vino Morais
behind the door
so many secrets
so many feelings
so many wishes
my heart is sleeping
dreams are real
so many ashes
some fishes
atrás da porta
tantos segredos
tantos sentimentos
tantos desejos
meu coração dorme
sonhos são reais
muitas cinzas
alguns peixes
Úrsula Avner
* escrevi esse poema em inglês há algum tempo atrás e hoje resolvi postá-lo. Um abraço de agradecimento a todos que me visitam !
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domingo, 13 de junho de 2010
sexta-feira, 11 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
domingo, 6 de junho de 2010
* Lucidez*
quinta-feira, 3 de junho de 2010
* Mais um cotidiano*
Amanhece. O silêncio ferido de morte agoniza. Sons do cotidiano em brado forte
irrompem das ruas. A quietude expira. Pássaros entoam seu canto matinal. Portas
batem , janelas se abrem. Deita-se o sol sorrateiramente sobre casas e asfaltos.
Ouve-se suspiros profundos e altos. O vento tremula entre as folhas das árvores.
Varre das ruas as sobras da noite ; agita a cabeleira crespa dos mares.
Passos agitados, gente correndo, máquinas em funcionamento.
Risos, prantos, lamento... A noite se desfazendo.
Amanhece. O dia exala seu cinzento odor. Uma formiga apressada carrega uma folha. Inaugura seu rotineiro e áspero labor.
Úrsula Avner
arte : Patricia Van Lubeck
irrompem das ruas. A quietude expira. Pássaros entoam seu canto matinal. Portas
batem , janelas se abrem. Deita-se o sol sorrateiramente sobre casas e asfaltos.
Ouve-se suspiros profundos e altos. O vento tremula entre as folhas das árvores.
Varre das ruas as sobras da noite ; agita a cabeleira crespa dos mares.
Passos agitados, gente correndo, máquinas em funcionamento.
Risos, prantos, lamento... A noite se desfazendo.
Amanhece. O dia exala seu cinzento odor. Uma formiga apressada carrega uma folha. Inaugura seu rotineiro e áspero labor.
Úrsula Avner
arte : Patricia Van Lubeck
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